segunda-feira, novembro 23, 2009

Pra não estudar...

Dia desses (no meio do meu expediente de trabalho) pensei em 7 assuntos para postar aqui. Na ocasião pareciam super interessantes e naquele momento muitas idéias surgiram na minha cabeça, porém eu não podia parar de trabalhar e começar a postar ali mesmo. Resultado: hoje parece que esses assuntos perderam um pouco do sentido, já não são tão relevantes ou nem lembro mais o que pensei sobre eles naquele dia. Mas, como tive a atitude de tomar nota dos temas, pretendo falar um pouco dessas 7 coisas que, como um mecanismo de fuga, me fizeram “perder” minutos de concentração no trabalho.

Estou fazendo um curso de tutoria em educação a distancia. A vaga para participar desse curso foi gentilmente cedida a mim pelo professor Aires, na ocasião em que eu o procurei para pedir material didático para estudar pra um concurso da UFC e também para pedir orientação sobre alguns cursos de mestrado que pretendia fazer. Os cursos eram da Universidade Americana (Do Paraguai) e o MPCOMP (Mestrado em Computação Aplicada na UECE), ambos pagos. O do Paraguai o professor Aires logo disse que não seria bom, pela não valorização dele no ambiente institucional e o da UECE ele apoiou e eu estava bem interessada nele, com a condição de conseguir uma bolsa de pelo menos 50%, pois a mensalidade custa mais de R$ 800,00. Em paralelo também pesquisei sobre uns cursos de especialização. E finalmente, por não ter conseguido preparar um projeto a tempo não me inscrevi pra o mestrado da UECE e acabei optando em fazer o curso de MBA em Gestão Empresarial na Unifor.

Às vezes tenho medo de me perguntar por que realmente estou fazendo esse curso. Tirando o fato de conhecer novas pessoas, o curso está aquém das minhas expectativas e eu não diria que isso se deve à Instituição, mas ao desafio que é compactar um curso de administração em 15 meses. Não é fácil, tudo parece ser extremamente superficial. E o é, até porque eu não tenho me dedicado como deveria e também porque na UNIFOR a aprovação parece não ser a primeira preocupação. A minha, por exemplo, é o pagamento mensal.

O balanço de tudo isso é que finalmente voltei ao ritmo de estudos atrasados, consciência pesada, desatualização cinematográfica e literária. Nem quero enumerar aqui os muitos desejos acadêmicos que tinha para esse semestre. Só posso dizer que parece que não saí muito do lugar, o que eu mais quero agora é que o semestre letivo acabe e que eu possa terminar de assistir a 5ª e 6ª temporada do 24h ou ir á praia com as amigas sem sentir que estou pecando. Agora mesmo deveria estar fazendo um trabalho de ética e responsabilidade social, mas ao entrar no twitter) vi o blog da Gabi e fui impulsionada por uma invejinha dela, que está postando como nunca.

Pôxa, cá estou fazendo dos posts um diário bobo. Eu ando me censurando muito com isso. Acho que vou logo atualizar os últimos acontecimentos por aqui pra ficar algum registro de 2009. Mas não agora, pois vou voltar para meu trabalho de ética... #partiu

quarta-feira, setembro 16, 2009

Café com Leite

Lembra o tempo de criança em que às vezes nos atribuíam a categoria café-com-leite nas brincadeiras? Significava que não participávamos do jogo propriamente dito, ou seja, não poderíamos ganhar e da mesma forma não seríamos perdedores. Entretanto, nós jogávamos.

Já adultos às vezes optamos em ser Café-com-leite. È o que chamamos omissão. Faz de conta que é bom estudante, bom amigo, bom profissional, bom namorado ou cônjuge, bom filho e por aí vai... Essa “brincadeira” pode ser momentânea e esporádica, ou durar o sempre. Pode ser consciente ou não. Pode ser fuga ou libertação. Mas nela é você que escolhe o que quer ser.

Pode também ocorrer o inverso. Você quer entrar no jogo pra ganhar, mas tem que ser café-com-leite. Tem que se limitar a conhecer as regras, treinar e até competir, mas nesse jogo você nunca vai ganhar e isso traz a sensação de que na realidade você perdeu. O problema é que dessa vez não temos escolha. Ou temos? A escolha é passar longe, fazer de conta (o sujeito café-com-leite adora fazer de conta) que esse jogo não nos atrai.

Tentamos driblar emoções, sentimentos para finalmente acreditar que tudo está certo. Que é assim mesmo. E que logo, logo, no jogo da vida, algum prêmio nos será entregue pela capacidade que tivemos de resistir.

Então ser café-com-leite é uma droga, pois essa condição não lhe isenta do desgaste do jogo, da queda, do cansaço. É ônus sem bônus.

Vale a pena?
Sou muito jovem para responder.

domingo, setembro 06, 2009

Música para os meus ouvidos

O Cidadão Instigado atingiu a superação em Uhuuu - seu novo álbum que sucede o Método Tufo de experiências (2005). Foi um intervalo de 4 anos bem amadurecido que trouxe para Uhuuu possibilidades de se dialogar e se instigar com a vida, acompanhados das mesmas melodias modernas, psicodélicas, bregas, tristes e muito dançantes além da voz natural do Fernando Catatau. Pelo que tenho lido das entrevistas com a banda, esse disco foi feito com mais liberdade e leveza que o anterior. Acho que o sucesso de crítica e público do Método Tufo mostrou que a livre criação é o melhor caminho e principalmente que em se tratando de arte musical não é necessário responder todas as perguntas nem tão pouco enquadrar-se em moldes fonográficos.

O disco é composto de 11 faixas. Abre com “a radiação da terra” um som psicodélico onde a banda usou bem os gritos desesperados, bem característicos deles e que fazem toda a diferença. Ah, nessa faixa Jericoacoara é citada. “Como as luzes” é aquele brega dançante, pra dançar colado ou não e chorar uma boa dor de cotovelo. Catatau continua falando de amor assim como em “Contando estrelas” no Maaaarrrr. “Deus é uma viagem” é de uma profundidade incrível, impossível não refletir quando iniciam a melodia medieval no fim da música. Essa eu toco bem alto!

A seguinte é meu chodó do momento “Dói”, uma conversa franca, um relacionamento mal resolvido, muito sentimento. “Doido” tem um som moderninho (no diminutivo mesmo), uma preocupação com a loucura da vida moderna e acho que fala da não-privacidade. “Escolher pra quê” traz um dilema: Sol que queima as pestanas ou a chuva que inunda tudo como o mar? Mostra que Em “Homem velho” existe um desabafo e ao mesmo tempo um desejo de vir a ser. “O cabeção” eu ainda não digeri direito, mas acho maior graça do “piolho espião” que tá conectado diretamente com o cabeção, o Arnaldo Antunes participa dessa. “O Nada” é a música mais antiga do Cd, já cantada ainda nas apresentações do método tufo, essa canção é bem poética eu diria e engraçada. “Ovelhinas” é um barato, o Catatau começa contando até 16?! Ainda não ouvi muito e não sei o que ele quer dizer, mas me traz a idéia de mostrar o lado feio das coisas fofas, ou ainda, no fim só vão restar os tapurus mesmo.

Ultimamente tenho renovado minha playlist. Estou ouvindo também o projeto +2 do Kassin, Domenico e Moreno Veloso, o novo trabalho do Ludov (não me agradou até agora), o novo do Nando Reis e agora mesmo to baixando os novos singles do Mombojó.

Gostei desse texto sobre o Uhuuu: Revista O Grito

quinta-feira, março 26, 2009

Good News

Seria verdade?

MARCELO CAMELO E MALLU MAGALHÃES
Dia: 17 de abril
Local: Cine Teatro São Luís
Preços:
- R$ 25,00 (meia)
- R$ 50,00 (inteira)
Vendas: a partir do dia 31/03

Bora?

domingo, março 22, 2009

Quem é mais sentimental que eeeuuuuuu...

Los hermanos em São Paulo.

Assisti pelo MultiShow.
Nem preciso dizer que adorei. Algumas músicas ainda me causam arrepios e todas elas me trazem lembranças maravilhosas.

Ontem li que no show do RJ eles não pareciam tão entrosados. Em São Paulo, posso dizer que "nada mudou". Entre aspas, porque quase todos engordaram. Não acredito muito que eles voltem a ser o los hermanos. Acho que poderemos contar com shows desse tipo, eventuais, mas um novo disco....não creio. Espero muito estar enganada.

O Rodrigo Barba foi o encanto da noite. Ele cantava todo empolgado as músicas enquanto Marcelo sentia o sabor de cada letra das músicas e Rodrigo Amarante fazia os mungangos que só ele sabe fazer, ainda mais com um tênis verde. Os inesquecíveis Gabiel Bubu, Bubu, Mário Zacarias e Índio estavam lá, tornando cada música um espetáculo. A novidade do set list foi Assim Será e Cher Antoine.

A quase 2 anos eu lamentava o recesso por tempo indeterminado deles. E de lá pra cá andei me apaixonando por outras bandas (não com a mesma intensidade) e me divirto vez por outra. Por hora, tenho me aproximado das novas vozes femininas da MPB e arrisco dizer que estou amando o samba e a bossa. Roberta Sá é a menina da vez. Tem embalado meus caminhos ultimamente. Música é parte de tudo, principalmente de mim.

Ah, se der certo vamos para SP nas férias, curtir a virada cultural!

PS: Minha avó melhorou um pouco. Que Deus adie a despedida.

sábado, março 21, 2009

Tem alguém aí? Tem alguém aqui.

Por onde (re)começar?

Nesse minuto falava com a minha mãe que foi às pressas para Itarema ao encontro da minha avó que está muito mal de saúde.
Não é a primeira vez. Espero que ela melhore. Deus, atenda as nossas preces!

Estou precisando de um novo reomeço. E uma boa idéia foi mutar o layout do blog.
Vou tentar escrever mais, porque as vezes é preciso ter uma conversa meio interior, meio exterior, além de exercitar a mente, estimular a a criatividade e porque não? atacar a ociosidade! Digitar aqui me faz bem. E me alegra o fato dos meus blogueiros preferidos voltarem a postar também. Gabi e Breno por exemplo. Elisa deixou de vez e Gladson tá com um blog muito apaixonado rsrs.

Desde o último post a vida profissional foi se organizando e entrando nos eixos. Ótimo! Hoje respiro aliviada de vez enquando e até já gosto. Já sentirei saudades de quando sair de lá.
Agora vem a parte que me incomoda: já que as coisas estão sob controle eu começo e sentir tédio. Pode uma pessoa ser tão insatisfeita?

O incômodo faz o homem progredir, quanto a isso não há duvida. Porém é doloroso o processo de incomodar-se, inquietar-se, angustiar-se, sufocar-se. Até que um dia vem à mente um pensamento otimista e estimulante que te faz acordar de manhã cheio de vontade. Pode acontecer também da vida te mostrar o quanto você deve ser grato pelo que conquistou e que tudo é muito, muito vulnerável. E ainda pode ocorrer de um cardápio de possibilidades ser enviado á você e a fermentação pela escolha certa te entreter. Bem, sem mais delongas eu não sei em que etapa me encontro, mas se for arriscar um palpite diria que estou entre a fase da insatisfação e do pensamento otimista pelo fato de atribuir esse momento ao uso do anticoncepcional.

Depois de uma fase tão cheia de novidades e momentos emocionantes a minha vida deu aquela freada, uma pausa para o café dentro de uma livraria (sem a sessão de auto ajuda). O importante nessas horas não é evitar que isso aconteça pois a entropia é inevitável e essencial. O mais importante é saber lidar com isso, com os sentimentos que isso causa dentro de você.

Parei pra assistir ao Saia Justa e perdi o raciocínio. Depois posto mais.