sexta-feira, novembro 07, 2008

À meia noite, à meia luz

Então hoje é um dia como outro qualquer.
E sempre que eu visito o blog sinto uma imensa necessidade de postar algo.
Qualquer bobagem, só pra registar.

Os dias não estão tão fáceis como o mesmo período do ano passado. mas quem disse que não são bons e felizes?!

As vezes sinto uma vontade tremenda de mudar o rumo das coisas. De buscar algo mais a ver comigo. E aí, em outros momentos eu também me olho de longe e acho que legal do jeito que tá. Mas isso é bem rápido. Na maioria das vezes a sensação é: "Me tira daquiiiiii!"

Até quando?

O que realmente vale a pena?

O fim do ano se aproxima e o balanço é muito positivo.
O que me espera para os próximos anos?

Hoje é um dia como outro quelquer, com os mesmos dilemas sem fim e as incertezas e esperanças de sempre. Como se tudo tivesse no mesmo lugar. Empoeirado.

E se nada aconetecer?
E se for assim mesmo?
Quem tem o controle?
E quando eu vou assumir as rédeas?
E...?

Acho que meu mal é sono.

:-)

sábado, outubro 18, 2008

Meu mundo e nada mais

Meu Mundo e Nada Mais
Composição: Guilherme Arantes

Quando eu fui ferido
Vi tudo mudar
Das verdades que eu sabia...
Só sobraram restos
Que eu não esqueci
Toda aquela paz que eu tinha...
Eu que tinha tudo hoje estou mudo estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando!
Daria tudo, por um modo de esquecer...
Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo e nada mais...
Então...
Eu tinha prometido pra mim mesma que só postaria novamente quando tivesse um novo template. Mas aí como não tive tal competencia ainda e nem mesmo tempo decidi que estava mais do que na hora de retomar os posts, afinal muita coisa mudou nesses últimos 5 meses.

Há 5 meses eu mudei de casa, não moro mais com meus pais. E nisso me adaptei muito facilmente. Já tenho a impressão de que não saberia viver de outra forma. Tá muito legal! Até aprendi a cozinhar e de vez em quando me surpreendo positivamente com minhas invenções gastronômicas. A vida a dois é muito boa. Quando vc não ta muito a fim de papo, vai pra outro cômodo, pega um livro, um fone de ouvido ou dorme.

Morar em apartamento é massa. Pelo menos no meu. O silencio às vezes reina absoluto e de manhã faz frio. Descobri que sou bem menos organizada do que achava que poderia ser e que um anticoncepcional moderno não te livra dos efeitos colaterais. Aprendi que frutas não duram muito, mesmo que na geladeira e que ser acordada com um abraço é revigorante. Achar a toalha pendurada molhada no trinco da porta não é legal assim como passar as blusas de trabalho do Robertson, mas nada disso tira o brilho de estar bem pertinho de quem você ama. Homens são bem mais frios e o Robertosn é mais ainda. Ele está gostando ainda mais de estar em casa e eu também. Mas isso ainda é pauta nos nossos momentos de DR. Aos domingos é estritamente necessário ir à casa da minha mãe, senão tenho a sensação de que falta alguma coisa. Por outro lado, os fins de semana são muito curtos para eu tentar fazer todas as receitas que li na internet ou limpar a casa de um jeito que fique muuuito limpa. Às vezes dá vontade de fazer nada. O Robertson faz a limpeza do jeito dele a qual considero paliativa.

Nesse período recebemos algumas visitas, mas não todas. Falta também montar a sala. E não é tão fácil quanto parece. Já pesquisamos um bocado, porém ainda falta o insight de como será nosso estilo. O Robertson também mudou no emprego, concomitantemente ao casamento. E por ultimo trabalha um terceiro expediente com projetos particulares, dele e do Felipe. Fomos à casa dos pais dele em julho e também passamos um fim de semana em Guaramiranga. Depois de Gramado, Canela e Cia, Guaramiranga é só uma cidade legal que faz fio à noite. Tem sua beleza, claro. Mas fica muito atrás. Recebi o álbum do casamento, mas nada da filmagem. Tô com medo de perguntar pro fotógrafo e descobrir que deu algum problema sério na minha filmagem.

Mas o fato é que não fui contemplada apenas com mudança de endereço. Mudei também de trabalho (não de empresa). No final de maio meu chefe me consultou sobre a possibilidade de eu ocupar outro cargo. Aceitei tão prontamente que depois fiquei meio arrependida. Mas no fundo eu queria já há algum tempo mudar aquela rotina. Mas com o passar dos dias e na fase de transição em que eu fiquei nos dois ambientes fui percebendo que a rotina gera uma tranqüilidade sem igual. É claro que traz inquietude também, que eu sentia muitas vezes. Mas só ali pude ver que inquietude é facilmente contornável, mas lidar com a insegurança da mudança “radical” é sofrido.

Sofrimento mesmo. Noites muito mal dormidas. Apetite zero. Tremores. Três quilos a menos. Medo. Pavor. Curiosidade. Confrontação. Superação. Traumas. Fantasmas. Ego. Auto estima. Emoção em primeiro plano. Mais medo. Vontade de vencer. Vontade de desistir. Saber o que quero. O que não quero. Vontade de pertencer. Vontade de excluir. Não participar. Ser convidada. Reconhecida. Conhecida. Anonimato. Era o que eu tinha. E o que mais queria naqueles dias.

Agora faço outras atividades e tenho uma rotina infinitamente mais agitada. Acordo cedo todo dia. Tenho horário pra almoçar. Mas pra sair não é tão fácil. Eu realmente achei que me adaptaria melhor às mudanças. Mas o que vi foi uma menina assustada, medrosa mesmo, covarde. Sem saber o que dizer ou pensar. Eu sentia vergonha de não ser diferente. E já nem sabia que identidade carregar. Antes era mais fácil. Lidar com expectativas não é. Hostilidade. No fundo eu queria ser capaz de mostrar uma Patrícia madura, adulta, segura, capaz. Foi e ainda é difícil.
Não há dúvida nenhuma de que tudo isso tem sido importante e está me proporcionando momentos de intenso aprendizado principalmente sobre mim mesma. O autoconhecimento e a atuo aceitação são tão importantes quanto o diploma da pós-graduação. No final das contas é você que está lá. Apenas você com seus anseios. Você.

segunda-feira, maio 12, 2008

Tirando o atraso

Então...
Faz tempo que queria passar aqui pra contar como foi o casamento e a viagem, mas como podem observar, vida de dona-de-casa não é mole não.

Bem, eu estava de férias né?

Dia 18/03 nos casamos no civil e com a folga dos três dias de direito emendei com as férias que iniciavam do dia 24 do mesmo mês. Foi uma semana antes do casamento religioso. E que semana! Ainda tinham muitas coisinhas para finalizar...prova de vestido, de cabelo, roupa das daminhas, do pagem, dos pais, etc...últimos detalhes da decoração, buffet, bolo e ainda a organização para a viagem. Uffa! Na quinta feira que antecedeu o casamento eu adoeci...tive um mal estar terrível que acredito ter sido alguma virose mesmo, pois para minha surpresa não estava nenhum pouco nervosa com o casamento, pelo menos até aquela quinta-feira.

Na sexta foi o casamento da amiga Milena, não sei se já citei aqui, mas nós nos tornamos noivas-gêmeas. Casamos na mesma igreja em dias consecutivos e fechamos com muitos profissionais iguais conseguindo inclusive descontos e por causa disso ficamos conhecidas como as noivinhas choronas..rsrsrs. Eu ainda estava mal com a tal virose, mas queria muito presenciar o que Milena organizou com tanto afinco e claro, fazer uma espécie de ensaio já que o meu casamento seria no dia seguinte.

Chegado o grande dia, tudo correu bem...fui ainda de manhã para o salão e passei o dia por lá entre sono, ansiedade e nervosismo. Eu estava meio apática, mas é que fico assim mesmo quando estou ansiosa e nervosa. Isso me creditou os comentário de que era uma noiva muito calma. Na realidade eu mesma fiquei surpresa com o meu autocontrole. Quando o carro chegou no salão para me levar à Igreja o coração deu uns supapos, aí sim bateu o nervosismo. Cheguei cedo e vi meus amigos e parentes na porta da igreja esperando pelo inicio da cerimônia, iam chegando aos poucos...queria mesmo era estar ali no meio deles, batendo papo, contado os detalhes, etc. Mas para não quebrar os protocolos fiquei dentro do carro meio escondida até o momento de entrar em cena.

Pois bem, tocando a marcha nupcial me aproximei da porta da igreja acompanhada do meu pai e caminhei até o altar ao som da música que havia escolhido – Amar Você da Fernanda Brum. No meio do trajeto comecei a cantar olhando fixamente para o Robertson que estava impecável à minha e comecei a cantar a música. Todos gostaram da minha interpretação. rsrsrs... Calma, eu não cantei mesmo, apenas dublei. A cerimônia foi rápida, em alguns momentos eu sinceramente não sabia direito o que o Padre estava falando uma ansiedade só, até que finalmente decretou que estávamos casados!

Como eu disse antes, fizemos uma rápida recepção para os convidados no salão paroquial Essa parte foi chata porque passei o pouco tempo que tínhamos tirando as milhões de fotos. Eu adoro foto! Queria realmente que o fotógrafo tirasse todas as possíveis e imagináveis fotos naquele dia. Mas isso teve o preço de não falar direito com todos os convidados. Consegui ao final jogar o buquê e cumprimentar quem ainda estava lá.

Pronto! Realmente passa rápido, mas tudo saiu bem, as pessoas em geral gostaram e ficamos satisfeitos com as escolhas que fizemos (sobre os profissionais contatados). No domingo foi a correria para devolver alguns materiais e arrumar as malas para viajar naquela noite.

O Edson foi nos deixar no aeroporto e voamos até o RJ, tomamos café e pegamos outro vôo para Porto Alegre. Lá já nos esperava prontamente a equipe da Broker Turismo, que nos levou até a pousada em Gramado. Os cinco dias passaram bem rápido, mas foram mágicos, maravilhosos! Muita diversão, culinária ótima, serviço excelente e muita foto! Tiramos umas 1500. Por mim, teria tirado mais! Rsrsrs. Conhecemos Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Carlos Barbosa e Nova Petrópolis. Ah, nosso amigos gêmeos (Milena e Otemberg) estavam lá também!

No retorno para casa tivemos uma amável surpresa dos nosso amigos queridos, que prepararam o apartamento com decorações românticas, presentinhos e chocolates. Sem dúvida nos sentimos muito amados desde os dias que precederam o casamento até depois. Todos demonstraram muito afeto por nós e isso fez toda a diferença nessa nova fase que iniciamos.

Bem, agora é vida real. Me restou 1 semana de férias que eu preenchi com a nova rotina na casa nova. Arrumando, cozinhando, descansando e namorando muito, é claro! Recomecei no trabalho no dia 14 de Abril. De lá pra cá tudo está ótimo. Às vezes bate uma saudade de casa, para mim a minha casa ainda é a da mamãe. Parece que estou apenas passando férias no Ap.

Agora as metas são de estudo e trabalho. Vou fazer o concurso da Caixa Econômica. Nunca pensei em trabalhar num banco, mas diante das circunstâncias, é uma boa opção a curto prazo. Se estou estudando? Não mesmo, apenas assistindo aulas de matemática e de conhecimentos bancários. Todo dia eu digo que vou estudar mas até agora nada. Saiu o edital do mestrado da FACED, mas eu vou deixar passar essa vez. Para minha preocupação só destinaram 2 vagas para a linha de pesquisa de NTEAD. Imagina só, eu concorrendo 2 vagas com os estudantes de pesquisa que estão desde a graduação dedicadíssimos com seus projetos, enquanto que eu não consegui nem pensar num tema bom. Tô com vergonha do Professor Aires, porque fiquei de procurá-lo para participar do seu grupo de estudos e acabei “desistindo” por causa do casamento. Estou pensando em falar com ele logo depois do concurso, quem sabe ele ainda me aceita.

Sábado 10/05 foi o show da Maria Rita, tirando o literal chá de cadeira que nos deram foi ótimo. Muito animada e sensual ela apresentou o mais recente trabalho – Samba Meu. Cantou também algumas clássicas e para a minha felicidade Cara Valente e Santa Chuva. O bom foi que na segunda música ela disse pra gente ficar a vontade, dançar, cantar, etc Resultado: todos ou quase todos levantaram das cadeiras e mostraram o samba no pé. Eu não perdi tempo e me esbaldei, principalmente quando ela cantou Num corpo só e Cara Valente.

Ta diário demais isso aqui, nammmm.

FuiZ!

domingo, maio 11, 2008

3 anos...com atraso

Em Março esse blog completou 3 anos de existência e eu nem lembrei.
Aí pensei que seria bom registrar uma imagem para o 3o ano.




Bem, continuo achando que vale a pena manter esses registros aqui. Hoje mesmo pude observar traços significativos sobre mim, mostrando que esse espaço é também uma oportunidade de autoconhecimento. Pretendo alimentá-lo com dados e fatos da minha vida e assumir que ele será um diário eletrônico mesmo, assim bem adolescente ou até infantil, mas algo de utilidade particular.

Feliz 3 anos e avante para o próximo!

segunda-feira, março 10, 2008

Tá chegando o casamento...

Pois é...vai acontecer!

Nos casamos no civil e no religioso nos próximos dias 18 e 29 respectivamente.

Por hora ainda tem itens para decidir e, o que é pior, pagar!

Desde que decidimos que iríamos realizar o casamento não faço outra coisa a não ser correr atrás dos preparativos. Acho que até já relatei isso nos posts anteriores...mas é uma consumação mesmo! Tem horas que paro e penso como era a minha vida antes disso tudo e sequer me lembro dela.

O fato é que muitas mudanças me aguardam e não só a mim, mas também à minha família. Semana passada a minha mãe deu sinais de “tristeza” (nem sei se essa é a palavra adequada) quando conversávamos sobre o fato de eu me mudar. Lá no apartamento é legal, é silencioso, relativamente arejado, ainda não tem móveis para garantir o conforto, mas tudo indica que será uma convivência (eu e apartamento) boa.

Às vezes entro em pânico (calma, exagerada!) quando penso em tudo que vai acontecer daqui a pouco e tão rapidamente, a cerimônia, a lua-de-mel...em Gramado! (Eeeeeebbaa!!!!) É meio surreal... aí depois retornar pra uma casa diferente, outro bairro....muito distante do anterior. Eita! Vai ser difícil.

Nesse final de semana descobri que ter um animal de estimação nos moldes modernos é inviável financeiramente. Faz uns 6 meses que apareceu um gato já crescido no meu quintal. Começamos a alimentá-lo, o que foi suficiente para que ele nos adotasse como sua família. É o pequeno Brug. Um gato preto com jeito preguiçoso e carente. Bota banca até pra comer a ração e é chegado num leitinho. Pois o pequeno adoeceu, ficou com diarréia e estava cada vez mais tristinho pelos cantos. Começamos a nos preocupar...pobre Bru...doentinho...minha consciência começou a pesar ao pensar que ele poderia morrer, afinal nos apegamos àquele pilantrinha! Eu a Mãe levamos ele no sábado a uma clínica veterinária...depois de quase perdermos o gato quando ele fugiu dos nossos braços na porta do petshop e ficou escondido no motor de um carro desconhecido conseguimos consultá-lo.

Remédios e mais remédios, vacinas, alimentação, areia para o cocô, soro, etc, etc...lá se vão quase 150,00 reais! Acredita? Em casa o menininho ainda dá trabalho para ingerir o remédio...fora o fato de nunca fazer cocô na tal areia que eu comprei. A veterinária nos orientou a castrar o bixim...eu morro de pena. É contra a natureza fazer isso com o coitado!

Felizmente ele melhorou, não está tão bem ainda, mas já ta traquinando por aí. Se castrarmos ele, ficará mais caseiro e terá menos riscos de adquirir doenças... penso que ele pode ser uma boa companhia pra minha mãe, já que ela passa o dia todo sozinha. Mas dá trabalhão que nem criança!

Faz 3 semanas que não vou á Igreja, eu e Robertson passamos os últimos finais de semana entregando convites e tentando resolver as últimas pendências. Eu sinto de falta de ir. Também sinto falta das meninas. Agora pouco cheguei da casa delas. São muito especiais pra mim. A Cristina conversou muito comigo. Ela é sábia. Ela me faz pensar mais em Deus, em ter mais fé e olhar tudo por um ângulo diferente. Agradeço a Deus pela vida delas.

Esta é praticamente a última semana de trabalho antes das férias. Ansiedade sim! Tenho que lembrar que a pouco tempo achava que as férias não chegariam, que seria demitida antes delas. Bom, ainda posso ser...mas estou mais em paz quanto a isso.

Bem, não sei quando será o ultimo post. Vou tentar descrever mais os próximos dias que antecedem ao casamento. Sem dúvida será um registro válido para os próximos anos...para os momentos de aflição e angústia, também para os frustrados, para os momentos de desânimo e para os momentos felizes. Talvez ache que fiz tudo errado, ou que acertei na mosca. Isso só o tempo dirá. Por enquanto posso dizer que estou muito feliz com o rumo que as coisas tomaram, a forma como estão acontecendo e no tempo que estão se realizando. Deus tem cuidado de nós muito de perto. Têm preparado tudo com amor e nos oferecido no momento exato. Deus está á frente de tudo! Sou feliz por isso! Amém!

:)

Post em atraso

Quero apenas observar que este post foi escrito a pelo menos 15 dias, mas só agora tive condições de postar.

Outra pessoa leu meu blog. Incrível como sempre fico feliz ao saber que alguém “desconhecido” me lê. Isso mostra que a gente precisa se comunicar mesmo e ainda que escrevamos num site assim, como quem não quer nada...a idéia original é sempre “falar com alguém”.

Essa semana foi até produtiva, consegui me planejar e até o meio da semana tudo correu muito bem. Porém na quinta me rendi ao sono ou à preguiça e acordei tarde a ponto de não cumprir o que deveria. Isso é muito feio! Se você se programou, cumpra! Ora mais!

É estranho chegar em casa à noite e não ter que estudar nada obrigatoriamente ou não ter que fazer um “trabalho da faculdade”. Parece brincadeira, mas já sinto falta de ter essas ocupações. Até que a minha mente está mais controlada, pois com os preparativos para o casamento eu estou bem preenchida.

Tive um súbito desejo de ir a um Show que vai ter na cidade...por favor, não sintam vergonha de mim...é do Chiclete com Banana, Aviões do Forró e Cidade Negra. Sinceramente ainda não identifiquei se é um desejo natural ou apenas uma vontade de “pertencer”, já que a maioria das pessoas que eu conheço esperam ansiosamente pela noite do show. Eu já tinha me convencido, sem dificuldade, que esses espaços não me trazem tanta felicidade e prazer. Eu já experimentei lazeres muito mais gratificantes do que esse e por isso, desde então, negava todo e qualquer evento desse tipo. Cheguei a me auto definir underground ou indie. Será? Engraçado, a gente ta sempre se reinventando...cedendo a alguns modismos, acompanhando determinados grupos e às vezes ficamos sem referência. Mas também penso que a gente não pode se fechar numa definição e seguir à risca. Seja o que quiser ser! Sinceramente não sei se valerá a pena ir, gastar dinheiro e passar uma noite acordada, em pé. Ainda mais que meus finais de semana estão atolados de compromissos, alguns chatos, outros legais.

A praticamente 1 mês do casamento estamos fazendo os convites aos padrinhos. A etiqueta pede pelo menos 6 meses de antecedência....mas estamos quebrando todos os protocolos. Sábado agora fui num atelier para olhar uns vestidos, aí a dona toda chique me perguntando sobre como eu queria o vestido e tal quando me ouviu falar a data não conseguiu disfarçar o espanto. Caramba, qual é o problema? Eu tenho certeza que ela pensou: “Essa aí está grávida!”

No momento o dilema é: Lua de Mel e Fotógrafo.

Visitei dois fotógrafos nesse sábado e quando achava que já estava decidida por um, vejo outro que me agrada mais, porém é mais caro! E agora pouco me liga outro, oferecendo orçamentos semelhantes. Acho que nessa hora temos que pesar o olhar do fotógrafo, afinal é através dos olhos dele que serão feitos os registros do seu casamento. Aquele que mais se alinhar com o que você também espera é aquele de você deve escolher. Então porque eu ainda não escolhi? Porque fico sem jeito de recusar um dos caras que está super interessado em me ajudar, parcelando, dando brindes e tal.

Ontem pegamos uns catálogos na CVC e checamos as promoções de vôos da GOL e TAM. Se a gente apertar muuuito, mas muuuito mesmo e arriscar até poderíamos ir pra Gramado. Mas temos que ser sensatos. Nossa situação financeira não está confortável. Mas que eu quero, eu quero! Por outro lado, penso que poderíamos deixar para fazer uma viagem mais especial daqui a 1, 2 anos. Europa, sei lá... mas estaremos vivos? Não dá pra adiar tanto assim os sonhos.

Depois conto mais!

terça-feira, janeiro 29, 2008

Fala que eu te escuto!

Ontem a noite estava relendo alguns posts do blog.
É muito bom deixar registros da nossa rotina, mesmo que aparentemente insignificantes, porque depois a gente pode perceber o quanto mudou ou não. Além do mais, escrever de vez em quando estimula o pensamento e nos força a organizar as idéias mais linearmente.

Por isso me deu uma vontade de escrever qualquer coisa, apenas para ser relida em janeiro de 2009...

Como sempre acontece comigo, os momentos em que fico menos ocupada ou com menos compromissos, ao invés de serem bem aproveitados, geram em mim um sentimento de angústia, a sensação de que estou ficando para trás, perdendo tempo. Isso cria uma irritação moderada, o que faz com que qualquer frustração tola torne-se para mim um desagradável acontecimento, fazendo com que passe alguns dias meio down.

Engraçado né? Eu estou sempre querendo ter tempo para fazer N coisas, aí num momento oportuno para coloca-las em prática eu fico travada...
Por enquanto continua a indecisão sobre tudo o que se puder imaginar na vida...Vivendo mais um momento adolescente daqueles em que nos perguntamos: Quem sou eu? Achei que isso já tinha passado pra mim, mas pelo visto é algo que me acompanhará sempre. Por um lado gosto disso, afinal é bom fazer avaliações sobre nós mesmos e quem sabe arquitetar uma mudança nem que seja só exterior. Mudar é necessário. Mas quando tudo, ou quase tudo, pede uma mudança é bom parar um pouco: Ops, será que o problema não sou eu? Insatisfeita...cansada...entediada...
Mas ta tudo tão bem...tão no seu lugar.

O ano começou e Janeiro já aponta para o fim. Passei o mês ocupada com orçamentos para o casamento. Foi um mês mais distante do Robertson, porque com a mudança a gente não se vê mais todo dia. Me senti só, em meio a tantas decisões...coisa que não sei fazer. Decidir. Tão chato. Os amigos sempre tentam ajudar, dando mil de uma dicas, mostrando centenas de possibilidades...e eu? Penso o que eu realmente quero. Até onde posso ir? Por onde começar? Quero começar bem, é só que quero. Quero tranqüilidade, paz, coragem, alegria, energia, novidade, criatividade.

Quanto mais opções surgem mais fico confusa. E Deus? E o sentido do que vamos fazer? Confessar a Deus a opção por vivermos juntos até que a morte nos separe.... Soa piegas e assusta também. “Para sempre”... Existe isso? Existe até onde a gente quer que exista. É assim que eu vejo. No mais fico preocupada com o orçamento, cortando pessoas da lista, chorando por descontos, abrindo mão da nossa “viagem dos sonhos” ou da “decoração do apartamento”. E eu que tinha a convicção de que valeria a pena.... ainda é cedo para dizer se vale, o fato é que só saberei quando tudo passar. E esse preço eu vou pagar. Mesmo hesitando...pois tenho horror de que tudo passe sem que nada disso ocorra e fique em mim a sensação do arrependimento.

Ademais, não avancei sequer um milímetro nos meus projetos profissionais. No momento parece que terei que abdicar inclusive disso também para realizar o tal casamento. Noites mal dormidas, já comecei a emagrecer...precisa mesmo de tudo isso? Não pode ser mais simples não? Isso ta quebrando com a magia do momento...com os planos a dois, a expectativa do dia, da lua de mel, dos primeiros dias na casa nova...

Seria um anti-casamento? Como tenho observado formou-se na nossa cidade uma indústria do que chamam casamento. Por favor, não se identifique como noiva em lugar nenhum, pois certamente será explorada financeiramente. Tudo em nome dos sonhos, dos sentimentos, do glamour, da realização. Eu não me encaixo nesse nicho de mercado, eu não quero comprar sonhos prontos, eu quero apenas fazer tudo sem sentir que estou sendo assaltada e claro poder comprar uma Geladeira Brastemp, uma cama Box Absolut Spring da Ortobom com molas pocket e tudo mais... também aquelas salas da Decorart ou da Jacaúna ou pelo menos um sofá chaise com poltronas lindas combinando...

Nessas horas entendemos a importância da droga do dinheiro! A gente começa a querer muito, querer o melhor...e vimos que não podemos. Acredito que daí nascem os instintos consumistas que vão se desenvolvendo até que você, com sua casa montada, começa a querer trocar os móveis, caso não tenha ainda um filho ou filha e queira naturalmente enche-lo de apetrechos infantis que as lojas colocam como indispensáveis. Veja quão sutil é a sua imersão na máquina capitalista. Quando assisti ao filme Edukators, um dos diálogos mostrava isso: o cara atacado pelos jovens falava que um dia tinha o mesmo espírito revolucionário e de resistência ao sistema, mas aí casou, teve filhos e sentiu a necessidade de oferecer conforto à família e de trocar de carro etc. etc. O resultado: dane-se os que não têm, eu preciso garantir o meu... doce egoísmo. E mais um cristão se desfaz, mesmo indo à igreja todo domingo...

Ai, ai...escrevendo essas linhas sem pensar direito vejo que nem tudo aqui faz sentido. Mas é bom desabafar nesse espaço, mesmo que me sinta exposta. Aqui eu tenho voz!

Ah, como deixar a melhor novidade de fora???!!!!
Vou finalmente explorar terras pernambucanas. Vou pro carnaval em Recife/Olinda!
Lado bom: Vou com Érika, minha amiga-irmã, vamos numa excursão o que aparentemente vai ser organizado e teremos um lugar bom pra descansar. Vamos também a Porto de Galinhas e Itaparica. Vou passar 5 dias longe de toda essa confusão!!!!
Lado ruim: Robertson não vai, vou gastar dinheiro num momento impróprio, Parafusa não vai torcar nesses dias (isso é o pior)...e Mombojó vai se apresentar mas eu provavelmente não vou ver pq as meninas provavelmente não irão e eu não vou só.

Mais vai ser lindo eu cantando a Marchinha naquele lugar!

Hasta pronto!
:)