sexta-feira, novembro 24, 2006

Mundos

Estou mesmo cansada e acho que minha imunidade está baixa, porque essa semana eu gripei de novo e isso não costuma acontecer com freqüência.

Não fui planejar hoje pois estava em um treinamento na Telemar.
É incrível como eu não consigo agir com naturalidade por lá, me sinto um peixe fora d’água. Foi ótimo rever amigos e a minha eterna chefe e amiga Zélia está na GT agora.
Queria ter almoçado com o Sérgio, mas não deu certo. Sinto saudade daquele povo!
Estar ali me traz tantas lembranças...ali vivi momentos felizes, tristes, de raiva, de medo, de insegurança. Hoje ainda há um misto disso tudo em mim quando vou lá.
Uma cicatriz que me acompanha sempre.

Senti que não tenho me desenvolvido profissionalmente. Sinto medo de me expor e de todos perceberem a minha incapacidade. Parece que estão a anos luz na minha frente.
Tenho sentido também que esses 3 anos e meio de faculdade, embora tenham me acrescentado muito no campo pessoal, me amarraram num mundo diferente do que eu vivo. Os pensamentos desses dois mundos são diferentes, as formas de olhar, de sentir, de brincar diferem muito.

Mas e aí a qual mundo eu quero servir?
De um lado quero ser como aqueles que admiro, quero ser capaz de fazer o que fazem, de dizer o que dizem, da forma que dizem...quero apenas pertencer.
Mas do outro quero libertar-me desse querer...quero apenas ser eu, sem ter que alcançar padrão algum, ou ter que pertencer a nada.

O que sou nisso tudo?
Sou medrosa, indecisa, frágil, carente, imatura, preocupada, sentimental.

Ah, aconteceu uma coisa muito, muito, muito triste. O pai da minha amiga Vanusa faleceu na quarta-feira, 22 de Novembro de 2006, no dia do níver da Grazi, no mesmo dia em que tatos nasceram e tantos também morreram. Ele mora no Iguatu, por isso não pude falar com ela ainda. De que adiantaria ouvir seu pranto estando do outro lado da linha sem nada fazer? Pensar na morte e na dor que ela traz é horrível, é insuportável. Muito me preocupa a forma Vanusa reagirá depois disso. O seu pai era tudo em sua vida, ela tinha por ele um amor tão intenso, uma paixão que nem todo filho tem por um pai. Ela, assim como eu, sempre afastou do pensamento a morte dos pais. Porém na quarta-feira ela teve que se deparar, sem qualquer piedade humana, com a separação corpórea do seu Pai. Aquele que lhe deu vida, que lhe embalou e que lhe chamava de flor.

Quero tanto que Deus jogue um raio de luz em sua vida para amenizar minimamente sua dor e que ela possa ser cada vez mais forte diante dessa trágica fatalidade. Ainda não vi seu rosto, nem lhe abracei para tentar lhe transferir um pouco mais de carinho e para compartilhar com pouco da horrível sensação da perda que teve.

Essa semana não foi nada fácil...

2 comentários:

Elisa65 disse...

Tem alguma coisa que eu possa fazer pra ajudar? :)

Beijão!!!

Elisa

Patrícia Félix disse...

Ah Elisa, só de "me ler" vc já ajuda. Isso são sentimentos/situações/ que eu vou ter que viver muito ainda para aprender. Não queria que fosse assim, pois acho que outras pessoas no meu lugar lidariam facilmente com essas coisas.

Ah, eu sou assim. Um dia sou, noutro deixo de ser...e assim caminha a humanidade!

=]